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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

No Restaurante...


Foi no sábado passado, almoço com a família.Chegamos um pouco tarde (12:30) e portanto a fila já estava formada na frente. A recepcionista , sorriso lindo, super educada, nos pergunta :- Tem alguém de prioridade? Marido estava longe nessa hora e as meninas apontaram pra mim : - Ela! Ai, que saco! pensei, minha estréia! Me sentí péssima confesso aquí. Ser prioridade pra mim fez que eu me sentisse a mais anciã das criaturas. Sentí as pernas pesadas, até as costas me dóiam, certamente haviam rugas no meu rosto. Passei a mão de leve no meu rabinho- de- cavalo. Alívio, ele estava alí! Quem sabe se eu tirasse os óculos de grau para me sentir melhor. Não, ele fica! Estávamos em 5 ao todo e portanto dificultaria ainda mais um lugar lá dentro. Recebemos aquele aparelhinho, pager, com a recomendação de que seu alcance seria de 50m apenas. Ficamos alí e por sorte vagou um banco na espera e sentamos. Olhei para um lado, e para o outro, procurando senhoras anciãs como eu. Alegria! Bem alí na minha frente uma senhorinha de uns 70 e tanto talvez. Notei o seu bronzeado, vestidinho florido nem curto nem comprido. Mas o seu olhar era triste, boca e olhos arqueados para baixo, olhando em direção ao chão. Não tirava o olhar dali, o chão. Ao seu lado um rapaz acompanhado de sua namorada que a chamou de vovó. Lá vem a garçonete linda e sorridente perguntando se queríamos algo para beber. - Quero um chopp,  digo e marido me acompanhou no pedido. Ela passa para o banco da frente e pergunta a vovózinha que de imediato responde - um chopp! Fiquei passando um olho de vez em quando nela. Ainda triste. Fiquei pensando quantos minutos levaria para que ela sorrisse ou falasse. Olhei no relógio e dei a ela 15 minutos. Tomava devagarinho, golinho por golinho. Falei para Marília apostando que se eu contasse até 10 ela sorriria e falaria. Marília nem entendeu a minha aposta pois eu estava calada também desde que chegara apenas  observando e escutando o tagarelar das meninas. Contei : 9,8,7,6,5,4,3,2,1, e a vóvo falou e não parou mais de sorrir! Tava faltando um chopp né vovó! Pra mim e pra tú!. O pager dela pisca e ela entra toda sorridente levando a caneca na mão, líquido precioso que nos alegra e nos faz sorrir. Fico alí com o meu pager na mão e que também começa a piscar. Dez pra ela e dez pra mim!
(passamos 40 minutos esperando, eu e ela).



2 comentários:

  1. Que coisa, não! E não é que a vovozinha estava precisando de uma turbinadadinha! Rsrsrs! Você é muito perspicaz! Gostei desse seu estilo! Beijos!

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    Respostas

    1. Olá!

      Foi ótimo naquele dia... de reflexão pra mim!
      Já passou viu, continuo a mesma Fafah de sempre, 60 com carinha de 40 kkkkk

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